O
Congresso está se preparando para votar uma das pautas mais aguardadas —
e polêmicas — dos últimos anos. A reforma política, defendida em
campanhas presidenciais, deve ter sua votação já em março, segundo o
presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Na
Câmara dos Deputados, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que
trata da reforma foi instalada nesta terça-feira (10). Os deputados
escolheram Rodrigo Maia (DEM-RJ), opositor do governo federal, para ser o
presidente da comissão. Como relator, o peemedebista Marcelo Castro
(PI) foi escolhido. Rubens Otoni (PT-GO) e Marcus Pestana (PSDB-MG)
foram eleitos 1º e 2º vice-presidentes. A 3ª vice-presidência deve ir
para o PSB.
Entre
os principais pontos a serem discutidos pela reforma política está a
adoção do voto facultativo. Com isso, apenas votaria quem quisesse, não
cabendo multa a quem não participasse dos pleitos.
Outro
ponto d destaque da reforma política seria o fim da reeleição para os
cargos do executivo: presidente, prefeito e governadores. Também seriam
eleitos todos os candidatos em uma mesma data, não havendo mais
diferença nas datas, como ocorre hoje nas eleições municipais e
majoritárias.
Outro
ponto amplamentedefendido pela população é o fim das coligações, o que
pode ser aprovado neste debate da reforma política. Em uma enquete
promovida pelo senado em 2014, 73% das pessoas se disseram a favor da
proibição das coligações em todo o Brasil.
Por
fim, o financiamento de campanha promete exaltar os ânimos no debate.
Uma medida já se encontra sob análise no STF (Supremo Tribunal Federal),
e conta com seis votos contra o financiamento de campanha por empresas.
Mesmo com a maioria de votos, o processo não vai para a frente na Corte
devido ao pedido de vista do ministro Gilmar Mendes, que atrasa a
análise do pedido.
Os
parlamentares preveem um sistema de financiamento misto, com verbas
públicas e privadas. Há espaço para a apreciação de outras propostas que
transitam na Casa.
A
comissão especial instalada na Câmara para debater e a reforma política
terá 40 sessões. Após isso, ela deve ser levada à votação no plenário
da Câmara e, em seguida ao Senado.
No Senado, há dez proposições sobre a reforma prontas para serem votadas. Renan Calheiros defende a votação.
— Eu já disse e queria repetir: ou nós reformamos a política ou todos seremos, literalmente, reformados.
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